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A Roda da Fortuna e o Oceano da Vida

É preciso saber navegar...

Ao nascermos somos como um barco deixando o porto em direção ao misterioso oceano da vida. Há aqueles que decidem desbravar o desconhecido com entusiasmo, outros com cautela e ainda outros cheios de insegurança, mas acredito que todos nós, em algum momento, experienciamos um pouco de todos esses sentimentos ao longo do caminho.


Se navegamos no oceano da vida como um barco, é natural esperarmos que ondas nos atinjam e, até mesmo, tempestades assustadoras. Se nós nos incomodarmos todas as vezes que as ondas atingirem nosso barco, nossas lamentações e frustrações serão infinitas e, se esperarmos que o mar esteja sempre calmo, estaríamos esperando algo diferente da sua natureza, pois as ondas são um fenômeno inseparável do oceano.


Na vida podemos ter a certeza que todos os tipos de ondas atingirão nosso barco, ondas das quais não temos nenhum controle. Essas ondas podem nos abalar, mas nunca nos derrubar.


Não há como evitar situações negativas da vida, a passividade de um mar tranquilo pode ser inimiga da vida em expansão. Somos navegadores a serviço da vida, algumas vezes parecerá que perdemos o controle e a direção do nosso barco e é comum esperarmos que alguém venha nos salvar. Mestres que nos inspirem e outras embarcações que oferecem uma mão amiga são sempre bem vindos, mas ninguém poderá navegar por nós, afinal nosso caminho é único e somos nós que teremos de retornar nosso barco ao porto matriz.


Então, num determinado momento, na escuridão do mar infinito decidimos de forma sábia procurar uma estrela, aquela que nos guiará para que nós possamos definir onde estamos e a onde queremos chegar, definimos nossa estrela norte.


Depois de tantas tempestades aprendemos que elas não duram para sempre e que ao elevarmos nossa consciência, acendendo nossa luz de bordo e nos guiando pela nossa estrela norte, com esforço e coragem seguimos confiando no fluxo da vida.


Há tantas coisas belas pelo caminho que nos damos conta de que apesar do casco do nosso barco estar lascado, muitas coisas foram vivenciadas e conquistadas que fazem do nosso barco mais bonito e grandioso do que aquele que iniciou nessa aventura.


Assim nos diz o Arcano X do tarot – A Roda da Fortuna - é preciso saber navegar as águas da vida, às vezes tempestades, outras vezes oportunidades e alegrias, tudo faz parte do fluxo da vida e a Roda gira o tempo todo. Esse arcano nos lembra que as coisas acontecem independentemente do esforço que colocamos para manter as coisas no nosso controle.


A única certeza na vida é que ela é cíclica, se hoje fracassamos, no amanhã encontraremos o sucesso. Devemos aprender nos harmonizar com os ritmos da vida, sem colocar resistência nos planos do Universo para cada um de nós, pois quando estamos em conexão com algo mais elevado e desenvolvemos nossa luz interior que passa ser nosso guia, seguimos nossos caminhos mais seguros.


Trago aqui um princípio Hermético – Princípio do Ritmo - previsto no livro O Caibalion:


“Tudo tem fluxo e refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce; tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direita é a medida do movimento à esquerda; o ritmo compensa.”


As estações na natureza são como um lembrete frequente para nós de que todo ano podemos esperar pelo verão, assim como podemos esperar pelo inverno, não há como fugirmos das tempestades da vida. Tradições antigas também fazem referência aos ciclos como, por exemplo, a Roda de Samsara e o Ouroboros.


A Roda da Fortuna está relacionada com aquilo que você foi, ao que você é e ao que você será, por isso está associada ao destino, portanto, siga firme na sua jornada independente dos desafios e siga fazendo o seu melhor, renunciando o desejo de controle e desapegando dos resultados.


Que a cada amanhecer depois de uma longa noite de tempestade possamos ter elevado um pouco mais nossa consciência, aprendendo com os desafios e nos tornando barcos mais fortes e resilientes.


Finalizo com uma frase do filósofo chinês Lao Tzu: “Aqueles que fluem como a vida flui, sabem que não precisam de outra força.”


Espero que mesmo diante das dificuldades você também saiba navegar no oceano da vida.


Até breve,

Samira Stoiani

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